segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Toucinho-do-céu

   O toucinho do céu é um dos mais célebres doces tradicionais de Portugal, com origem na doçaria conventual.
   O nome deve-se ao facto de a receita original ter banha de porco nos ingredientes e, sendo um doce criado nos conventos, seria, pois, o Toucinho do Céu.
   Esta deliciosa sobremesa é feita à base de açúcar em ponto de pérola, amêndoas e uma grande quantidade de gemas. É um doce muito  apreciado por todo o país, havendo algumas variantes regionais da receita – as receitas mais célebres são as de Guimarães, Murça e Trás-os-Montes.


Ingredientes:
  • 100 g de doce de chila
  • 150 g de amêndoas peladas e raladas
  • 18 gemas
  • 2 claras
  • 200 ml de água
  • 500 g de açúcar
  • açúcar em pó p/ polvilhar
Confeção:

1.Leve a água e o açúcar ao lume durante cerca de 10 minutos, até obter ponto de pérola.
2.Sem retirar do lume, junte o doce de chila e a amêndoa, misturando bem. Sem parar de mexer, deixe levantar fervura e retire.
3.Misture as gemas e as claras e adicione um pouco do preparado anterior, misturando bem. Junte à restante calda de açúcar e amêndoa e mexa até estar bem ligado.
4.Volte a levar ao lume e, mexendo sempre, retire quando começar a querer levantar fervura.
5.Deite numa taça, deixe arrefecer e, assim que estiver quase frio, despeje para uma forma de mola (22 cm de diâmetro), com o fundo previamente forrado com papel vegetal, untada com margarina e polvilhada com farinha.
6.Leve a cozer a 180 º C, durante cerca de 1 hora.

7.Depois de desenformado e frio, polvilhe o toucinho-do-céu com açúcar em pó.



DOCE DE ABÓBORA CHILA

Veja como preparar o maravilhoso doce de chila (ou gila), uma receita tipicamente portuguesa, muito popular nas regiões do Alentejo e Algarve. Com ele, preparam-se outros doces, bolos e pastéis, sendo um ingrediente de referência em algumas receitas da doçaria conventual alentejana, como é o caso do famoso Pão de Rala.
Como a abóbora chila tem o interior branquinho com filamentos acentuados, o doce mantém a tonalidade clara, completamente diferente do tom alaranjado do doce de abóbora tradicional, e os veios característicos deste gênero de abóbora.
Este doce dá para saborear como compota, a barrar um pedaço de pão, mas também como recheio ou cobertura de algumas receitas. Experimente e verá que tem de repetir esta receita caseira, pois o de compra não tem o mesmo sabor…

Ingredientes:

  • 1 abóbora chila (ou moranga)
  • igual peso de açúcar ao da abóbora cozida
  • 1 pau de canela
  • sal

Confeição:

De véspera, parta a abóbora atirando-a ao chão (não deve usar a faca, pois deixa um mau sabor no doce). Separe os pedaços partidos com as mãos, deixando-os ficar com a casca.
Limpe a abóbora, tendo o cuidado de não deixar qualquer filamento amarelo e sempre sem lhe tocar com quaisquer objetos metálicos.
Coloque a abóbora em água fria abundante e esfregue os pedaços separados, mudando várias vezes a água. Repita esta operação até a abóbora deixar de fazer espuma. Deixe-a ficar mergulhada em água limpa até ao dia seguinte.
Num tacho de esmalte, leve a abóbora a cozer em lume forte, introduzindo-a a pouco e pouco na água a ferver e temperada com sal.
Quando a casca se separar facilmente, escorra a abóbora. Passe-a depois por água fria e, com as mãos, separe os fios.
Escorra num pano e pese.
Coloque no tacho igual peso de açúcar, juntando também um pouco de água e a canela. Deixe cozer até obter uma calda espessa. Junte a abóbora e deixe ferver, mexendo constantemente até fazer estrada (ao passar a colher, fazem-se aberturas, como se fossem uma estrada).
Deite o doce em frascos e tape-os com papel celofane.


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