segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Pimentões: amarelo, vermelho ou verde?

Quando o assunto é pimentão, gregos e troianos se enfrentam na eterna polêmica: amar ou odiar. No confronto estão os que veneram e não deixam passar uma oportunidade para fazer uso da hortaliça, nem que seja para enfeitar. Mas tem os que não suportam a desinibição do vegetal, que teima em sobressair entre outros ingredientes. Não raro, ficam pelos cantos dos pratos aqueles cubinhos de pimentão separados de molhos ou vinagretes.

Pimentao
Mas, entre os que gostam, há uma variedade a ser explorada e se engana quem pense que existem apenas pimentões verdes, amarelos e vermelhos. Essas são as versões mais comuns entre as infindáveis possibilidades de híbridos que variam em cor – do púrpura ao laranja. De forma simplificada, toda essa variedade pode ser dividida entre dois grandes grupos: os doces e os picantes, afinal,   os pimentões são do mesmo gênero que as pimentas, o chamado Capsicum.
A origem é a América Central, de onde se espalharam pelo mundo pelas mãos e bocas de espanhóis e portugueses. Entre as variações facilmente encontradas nos sacolões, os verdes, os vermelhos e os amarelos se diferenciam não só pela cor, mas também pela qualidade. E a curiosidade é que essas diferenças, entre coloração e sabor, se dão devido ao processo de colheita. “Os frutos verdes são colhidos depois de cerca de 80 dias de plantio. Se aguardarmos mais uns 20 dias, o pimentão amadurece e fica vermelho ou amarelo, dependendo da variedade”, conta a pesquisadora e nutricionista Larissa Lovatto. É isso que justifica, por exemplo, o fato de os verdes serem indigestos para algumas pessoas e os amarelos e vermelhos serem mais doces. “Quanto mais maduros, mais carboidrato, o que dá essa qualidade adocicada à hortaliça”. 

Além da valorização na culinária dos pimentões amarelos e vermelhos, o maior tempo de plantio contribui também para a elevação do preço dessas variedades, que podem chegar a R$ 14 o quilo, enquanto o verde pode ser encontrado a   R$ 4. Mas agora é a hora: a safra do pimentão acontece de outubro a janeiro, quando podem ser encontrados em melhor qualidade e preços mais baratos.
Além do bolso, o pimentão é caro também à saúde. Ainda mais que a laranja, ele é riquíssimo em vitamina C e, por isso, um poderoso antioxidante, que contribui para prevenir o envelhecimento das células. Especial também para as dietas saudáveis, o pimentão tem alto teor de fibra e baixíssimo valor calórico.
Na cozinha. Quando o assunto é culinária, há de se escolher entre as diversas formas de se usar o pimentão. Isso porque, normalmente, eles são meros acompanhantes, ganhando protagonismo em algumas casos (ver ao lado), o que dá a ele a possibilidade de ser usado em saladas, molhos e carnes, recheados e até cru. Vale até no churrasco, assado na brasa. Além das diferentes atmosferas, o pimentão frequenta também cozinhas variadas, sendo muito usado entre brasileiros e portugueses e, ainda mais, entre espanhóis e mexicanos.
“O pimentão é essencial para a comida espanhola. A Espanha é o único lugar que conheço em que o pim[/ ]então é usado inteiro, com talo e semente!”, comenta Reginaldo Jimenez, chef do Soleá Tablao Flamenco. Ele se refere ao serranito, um sanduíche com pão de sal, fatias de jamón, bife de porco ou boi e pimentão grelhado na chapa.                O detalhe é que tem que ser pimentão verde, sem qualquer corte. “Tem que ser inteiro!”.
Ele, que também é bailarino e aprendeu a cozinhar quando foi à Espanha para dançar, prepara o serranito apenas em casa, já que no restaurante a saída não é garantida. No cardápio de Reginaldo, no entanto, o pimentão não traz qualquer forma de risco quando usado como acompanhante em paellas e tortillas.
A versatilidade do pimentão, no entanto, pode ser apenas aparente, como aponta Mário Augusto Baeta, chef do Restaurante Escola São Jorge. “Se eu pudesse, mudaria a sua pauta, porque pimentão é produto que a gente deve evitar”, brinca o chef. “Além de ele restringir o paladar, ele promove a oxidação dos alimentos, acelerando a decomposição da matéria orgânica. Para reduzir esse efeito, é preciso expor a hortaliça ao extremo calor, mas com isso se perde sabor e aroma. Para apresentar um prato mais elaborado com pimentão, é preciso pesquisa, porque ele exige cuidado e, geralmente, é usado de forma muito pontual”.
Baeta raramente usa o pimentão cru, em especial o verde. Quando usa, em vinagretes ou em saladas marroquinas, por exemplo, prefere aquecê-lo no azeite para neutralizar as enzimas e amenizar o ardido. “É preciso lembrar que gastronomia o chef.
 Joyce Athiê

Coadjuvante, porém de peso

Apesar do uso em diferentes cozinhas, a verdade é que raramente o pimentão é o ingrediente principal dos pratos, restando a ele suas versões recheadas. E aí vai uma série de opções, desde as mais simples, como a carne moída com queijo, até algumas inusitadas, como tabule e lasanha, criações do fotógrafo e publicitário Felipe Muller, também conhecido como Mr. Pimentão. 
 
Como uma espécie de restaurante secreto, ele criou o Bistrô Pimentão, que abre apenas três vezes por mês em noite temáticas, sempre apresentando uma ou duas novas formas de se rechear pimentões. Foi numa noite árabe que ele criou, por exemplo, o pimentão com tabule e, em outra, de festejos italianos, recheou a hortaliça com lasanha. 
 
“Para essas variações, é mais fácil usar os amarelos ou vermelhos. Primeiro, é essencial preaquecê-los no forno para amolecê-los, e depois montamos os recheios”, dá a dica.
“O de lasanha, por exemplo, é todo preparado dentro do pimentão. Nada é feito antes ou separado. Eles são assados juntos, o que dá mais sabor”, conta Felipe, que de chef não tem nada, mas adora desenhar os pratos que são preparados por sua mãe, Fátima Muller.
 
Mas, mesmo quando o pimentão não é o protagonista, ele é um coadjuvante de peso, como aponta o chef da Forneria Singular, Adalberto Saporetti Cunha, o Beto, especialista em culinária internacional contemporânea. Entre seus pratos, ele dá o exemplo das fajitas, um clássico da culinária mexicana, que pode ser encontrada em qualquer esquina, mas que, na origem, é resultado da fusão Tex-Mex (encontro das cozinhas do Texas e México). 
 
“Esse é um prato muito comum já espalhado pelo mundo e que pode ser comido como um sanduíche. É simples, porque é feito de uma panqueca conhecida como tortilla, recheada com alguma carne, de boi, porco ou frango. Mas, se não tiver pimentões, não é fajita”, comenta Beto.
Ele lembra ainda que os pimentões são muito utilizados na comida mediterrânea contemporânea, especialmente em pescados temperados com as cores e os sabores da hortaliça.
 
 

RECEITA

Pimentão recheado com lasanha de frango

 
Ingredientes:
  • 2 pimentões amarelos ou vermelhos cortados ao meio na horizontal
  • 1/2 pimentão amarelo ou vermelho picado
  • 1/2 kg de frango
  • 1 cebola pequena
  • 2 tomates picados e sem sementes
  • cheiro-verde
  • 2 alhos picados
  • 1/2 xícara de molho de tomate
  • 1 massa de lasanha
  • Muçarela, catupiry e parmesão
  • sal e pimenta a gosto
 
Modo de fazer:


Cozinhe o frango até o ponto de desfiar. Junte na panela azeite, alho, cebola, 
pimentão, tomate, sal e pimenta. Coloque molho de tomate e água e deixe cozinhar com o frango desfiado. Pegue uma parte do pimentão cortado ao meio e vá montando as camadas: molho, muçarela, catupiry e massa de lasanha. Vá repetindo as camadas até encher o pimentão. Por fim, coloque o molho, a muçarela, o catupiry e salpique o parmesão. Ponha para assar por 30 minutos a 200ºC, embrulhado em papel alumínio. 

E voilá!

Arroz de Panela de Pressão

Na panela de pressão, coloque o óleo, a cebola e o alho. Refogue até a cebola ficar transparente e retire do fogo. Por cima do refogado, coloque os ingredientes na seguinte ordem: batata, linguiça, arroz, tomate, temperos, caldo de galinha esfarelado, sal e, por último, água. Tampe a panela e leve ao fogo. Quando a panela começar a chiar, abaixe o fogo para médio e espere dez minutos. Desligue o fogo e deixe a pressão sair sozinha. Não force a saída da pressão, pois esse tempo com a pressão na panela desligada é necessário para o preparo da receita. Abra a panela e coloque o arroz em um refratário. Polvilhe com queijo ralado. Sirva com salada verde.




Ingredientes
2 xícaras (chá) de arroz cru
1 cebola picada
2 dentes de alho picado
4 batatas cortadas em rodelas grossas
2 gomos de linguiça calabresa defumada cortados em rodelas
2 cubos de caldo de galinha
1 tomate sem pele e sem semente picado
Sal a gosto
2 colheres (sopa) de óleo
Coentro, cebolinha e orégano a gosto
Queijo ralado a gosto

Bolo de Natal

Preaqueça o forno a 180°C.

Em uma tigela, coloque as passas e o rum e deixe descansar por duas horas.

Em outra tigela, misture as castanhas com as cerejas, os dois tipos de farinha, o bicarbonato, o fermento, as especiarias e o cacau. Sempre misturando, adicione o óleo de coco, o açúcar, a baunilha e o leite vegetal. Acrescente as passas, escorridas do rum, e misture bem.

Transfira para uma forma de 22 cm com buraco no meio, untada com óleo e polvilhada com farinha de rosca vegana.
Leve ao forno por 50 minutos ou até assar. Retire do forno, espere amornar e desenforme sobre uma grade. Deixe esfriar completamente.

Para a cobertura, leve ao fogo, em banho-maria, o açúcar com a água. Misture bem até obter um glacê grosso. Espalhe quente sobre o bolo e deixe esfriar. Decore com as cerejas e sirva.

Dica: Depois de o bolo já estar frio e sem a cobertura, envolva-o em um pano limpo e descartável bem embebido em rum. Depois, enrole em papel-alumínio e filme de PVC. Guarde na geladeira, na parte menos fria. Antes de servir, cubra com a cobertura e decore com as cerejas.

Receita de Kátia Cardoso, autora do livro “50 Doces veganos" (editora Alaúde)

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Ingredientes

2 xícaras de passas brancas e pretas sem sementes
½ xícara de rum
3 xícaras de castanhas variadas, sem casca, picadas
½ xícara de cereja em calda escorrida
1½ xícara de farinha de trigo
½ xícara de farinha de aveia
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
½ colher (sopa) de fermento químico em pó
½ colher (chá) de canela em pó
½ colher (chá) de cravo-da-índia em pó
1 colher (chá) de noz-moscada ralada
2 colheres (sopa) de cacau em pó
¾ de xícara de óleo de coco
2 xícaras de açúcar mascavo
½ colher (sopa) de essência de baunilha
1 xícara de leite vegetal
Cobertura
2 xícaras de açúcar cristal batido no liquidificador e peneirado
3 colheres (sopa) de água
Cerejas em calda, bem escorridas, a gosto para decorar

Salada de Cogumelos com Tofu Abobrinha Abacate e Castanhas

Laminar as abobrinhas no sentido do comprimento. Cortar pedaços de tofu e abacate em quadrados. Colocar numa tigela as folhas, a abobrinha, o tofu e o abacate. Finalizar a montagem da salada com cogumelos refogados no azeite. Temperar com azeite, limão, sal, coentro e pimenta-do-reino a gosto.

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Receita da chef Juliana Muradas do Deli Fresh Food


Ingredientes
100 g de abobrinha italiana
30 g de tofu
50 g de abacate
40 g de tomate-grape
50 g de cogumelos
20 g de castanhas
Azeite
Limão
Sal, coentro e pimenta-do-reino

Quiche Vegana de Berinjela Síria e Ricota de Tofu

Em uma tigela, misture todos os ingredientes com as pontas dos dedos e forre a forma da quiche. Faça furinhos na base com um garfo e asse em forno preaquecido a 180°C por dez minutos. Asse a berinjela com a casca até ficar toda enrrugadinha. Retire a polpa com uma colher e reserve. Refogue o alho no azeite, acrescente a polpa da berinjela e, depois, os temperos secos. Adicione as passas e o manjericão e tire do fogo. Esfarele os tofus e incorpore à berinjela. Recheie a quiche e asse até que fique douradinha.





Receita da personal chef Mika Costa

Ingredientes

Massa:
3 xícaras (chá) de farinha de trigo (se optar por uma dieta sem glúten, substituir por farinha de arroz)
1 xícara de azeite
1 colher (chá) de sal
Recheio
1 berinjela média assada com a casca
1 colher (chá) de zatar
1 colher (café) de pimenta síria
1/2 colher (café) de sal
1 colher (sobremesa) de passas brancas
1 dente de alho
50 g de tofu defumado
50 g de tofu tradicional
Manjericão a gosto
Azeite

Lasanha de Legumes ao Sugo

Corte os legumes em fatias finas no sentido do comprimento. Faça uma massa misturando farinha de trigo, água gasosa, sal e pimenta. Passe as fatias de legumes na farinha de trigo e, depois, na massa. Em seguida, frite em óleo quente. Monte a lasanha num tabuleiro intercalando legumes, molho de tomate e tofu de soja ralado finalizando com este último. Leve ao forno preaquecido a 160ºC.

Enquanto a lasanha está no forno, aqueça um pouco de azeite e coloque folhas de manjericão pra fritar. O azeite deve estar apenas morno, senão queima a folha. Monte o prato com um pedaço da lasanha, cubinhos de tofu tostados e o crispy de manjericão.


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Ingredientes

1 berinjela
1 abobrinha
1 cenoura
50 g de tofu
Molho de tomate
1 molho de manjericão
Farinha de trigo
Água gasosa
Sal
Pimenta-do- reino em grão

Arroz Selvagem com rúcula e Pignoli

Receita da chef croata Dunja Gulin, autora do “Indispensável” 

(Editora Alaúde)

Em uma panela, coloque a água, o arroz e o sal e leve ao fogo. Assim que levantar fervura, diminua o fogo, tampe a panela e cozinhe por aproximadamente 25 minutos ou até o arroz secar e ficar macio. Prepare o vinagrete. Coloque todos os ingredientes em um vidro, tampe e agite. Em uma saladeira grande, misture o arroz cozido, as azeitonas e os pignoli. Tempere com o vinagrete e misture bem. Arrume o arroz sobre um leito de folhas verdes temperadas com o mesmo vinagrete e sirva a seguir.



Ingredientes
Arroz
1 xícara de água
1/2 de xícara de arroz selvagem ou outro grão integral
Uma pitada de sal marinho
½ xícara de azeitonas pretas sem caroço picadas
½ xícara de pignoli levemente tostados ou outra oleaginosa
4 punhados de folhas de rúcula e de espinafre lavadas e secas ou outro tipo de hortaliça macia
Vinagrete mediterrâneo
1/3 de xícara de azeite de oliva
Vinagre balsâmico ou de maçã a gosto
Um punhado de folhas de manjericão lavadas, secas e picadas
1 dente de alho amassado
Sal marinho e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Bolo de Aveia com Castanha e Caju

Preaqueça o forno em temperatura média 180°C. Coloque na tigela da batedeira o azeite (reserve 2 colheres de chá), os ovos, o leite e o açúcar. Bata por cinco minutos ou até obter um creme. Reserve. Em uma outra tigela, peneire a farinha com o fermento.             Misture a aveia. Incorpore, aos poucos, os ingredientes secos peneirados ao creme, mexendo sem parar e com delicadeza, com um batedor manual. Misture a castanha-de-caju e mexa delicadamente até a massa ficar homogênea. Com o azeite reservado, unte uma assadeira (22 cm de diâmetro), enfarinhe e despeje a massa.  Leve ao forno por 30 minutos ou até que, enfiando um palito, ele saia limpo. Retire do forno.          Desenforme ainda morno. Se preferir, polvilhe aveia ou castanha-de-caju moída.




Ingredientes

1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
2 ovos
1 xícara (chá) de açúcar mascavo
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
1/2 xícara (chá) de aveia em flocos
1/2 xícara (chá) de castanha-de-caju
1 xícara (chá) de leite

Suflê de Chuchu

Junte todos os ingredientes da massa no liquidificador e bata. Se necessário, adicione mais leite ou mais farinha de trigo. Reserve. Recheio: Junte o frango, os temperos e o restante dos ingredientes e leve ao forno por três minutos, sempre mexendo. Unte um pirex ou uma fôrma com margarina e polvilhe um pouco de farinha de trigo. Despeje a metade da massa no pirex. Coloque o recheio e cubra com o restante da massa. Polvilhe por cima queijo ralado e/ou orégano. Leve ao forno por 30 minutos ou até dourar.



Ingredientes

Massa:
2 chuchus grandes (descascados e cozidos)
1 ovo
1 copo de leite
1 xícara de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de óleo
1 pacote de queijo ralado
Sal a gosto
Recheio:
1 peito de frango cozido e desfiado (pode ser carne moída)
1 cebola
1 tomate
1 pimentão
1 cubo de caldo de galinha
1 colher (chá) de cominho
1 colher (chá) de corante
1 colher (sopa) de extrato de tomate
Orégano (opcional)