quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Tempero da vida


Foi minha mãe quem me iniciou a um dos maiores prazeres da minha, Fotografia e a alquimia da cozinha. Ela era baiana o tempero e a criatividade era parte de nossa vida.
Minha memoria afetiva tem sempre alguma comida, desde um salada tailandesa que ela fazia até doces como xerem ou de gergelin que ela me presenteava. Eram tempos difíceis os poucos e únicos prazeres da vida erma comer bem, ler, ou viagens rápidas que marcavam por sua magia.
Na tradição indiana a cozinha é a morada da deusa, o lugar onde o fogo sagrado arde, e ainda hoje meu lugar preferido da casa. Fui aos poucos sendo mergulhado nesse universo, como ajudante de cozinha, lavando pratos panelas,  preparando temperos. Em nosso cardápios entravam arroz, batatas , leguminosas frutas, peixes que eram as coisa mais baratas na época.
Mal sabia eu que estava sendo preparado para minha autonomia no mundo, o senso de criar e aperfeiçoar receitas é um instinto de sobrevivência e preservação, me deu um senso de liberdade  e autonomia que marcou minha personalidade, a capacidade de criar e gerar prazer
Quando me casei comecei minha jornada de descoberta, como amante da boa mesa.
As receitas que fui carinhosamente anotando em caderninhos e papeis soltos, são recitas tradicionais, algumas de família , outras do grand monde.
Tem a marca da simplicidade, combinando sabores texturas e um visual que excita.
aprecie e divirta-se.


Heberle Babetto - alquimista de sabores e  temperos...









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